
A Região de Venda Nova, em Belo Horizonte, registrou a primeira morte por infecção pelo novo coronavírus nesta semana. O óbito foi confirmado pelas autoridades de saúde nessa quarta-feira (29).
Procurada para dar mais detalhes sobre o perfil do paciente, a Secretaria Municipal de Saúde informou que não pode divulgar casos por bairros nem fornecer informações como idade e sexo da vítima.
No entanto, o boletim de quarta-feira, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde, traz duas novas mortes em Belo Horizonte: uma de um homem de 89 anos e outra de uma mulher de 52.
Certo é que uma dessas pessoas morava em Venda Nova. A morte da mulher aconteceu na sexta-feira (24), enquanto do idoso três dias depois, na última segunda (27).
O idoso, conforme balanço da Saúde estadual, não apresentava comorbidades, isto é, outras doenças que contribuíram para a gravidade do caso. Contudo, pela idade, fazia parte do grupo de risco da COVID-19.
Já a mulher apresentava ao menos uma comorbidade.
Com essas mortes e mais uma incluída na lista nesta quinta-feira (30), Belo Horizonte já tem 17 vidas perdidas pela virose que assusta o mundo. São outros 576 casos confirmados de COVID-19 na capital mineira.
As 17 mortes estão distribuídas da seguinte maneira: cinco na Região Centro-Sul, três na Oeste, três na Norte, duas na Nordeste e uma na Leste, em Venda Nova e no Barreiro. A Pampulha é a única regional sem óbitos confirmados.
Atendimentos em Venda Nova

No mês passado, o Jornal Norte Livre noticiou que a Prefeitura de Belo Horizonte iria instalar um centro de doenças respiratórias na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Venda Nova. Desde então, até a última segunda (27), 849 pessoas foram atendidas no local, entre pacientes que portam outras doenças e quadros ligados à COVID-19 (suspeitos ou confirmados).
A unidade fica no segundo andar da UPA Venda Nova, localizada na Rua Padre Pedro Pinto, 175.
“A gente queria atender outro vetor da cidade. Ou seja, a gente tem que pensar em responder os outros setores mais distantes do nível central da cidade para que a população não precise deslocar para o Hipercentro”, explicou, à época, Renata Mascarenhas, da Secretaria Municipal de Saúde.
Segundo a prefeitura, dois médicos, três técnicos em enfermagem e um enfermeiro vão trabalhar no local. Eles podem atender qualquer pessoa com sintoma de doença respiratória.
A infraestrutura de atendimento inclui 10 macas, medicamentos e equipamentos de oxigenação e de aferição de pressão arterial.
Quadro preocupante
Enquanto a recomendação dada à população é para manter o isolamento social, Venda Nova tem, conforme o último boletim da Saúde Municipal, três casos graves de COVID-19. São aqueles que evoluíram para síndrome respiratória aguda grave (SRAG).
Na Regional, existem dois pontos onde esses casos estão concentrados: um no Bairro Rio Branco, perto do limite com o Bairro Santa Mônica; e outro no Bairro São Pedro, proximidades da Vila Satélite, Bairro Minas Caixa e Bairro Venda Nova (centro comercial).