

Por William Araújo
Adiadas desde 2014, quando a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) desapropriou moradores do entorno dos córregos Marimbondo (bairro Santa Mônica) e Lareira (bairro São João Batista) e alegou necessidade de pausar o processo por motivos de “ajustes nas planilhas que compõem o projeto”, as obras de tratamento de fundo de vale e controle de cheias na bacia do córrego do Nado voltam, agora, à pauta e têm previsão de início em dezembro deste ano, segundo nota da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (SMOBI).
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De acordo com a SMOBI, a Engibrás foi a vencedora da licitação (SMOBI 012/2018 – RDC) reaberta na segunda quinzena de julho. No dia 25 de outubro, a empresa teve a homologação divulgada no Diário Oficial do Município e passou para fase de elaboração e publicação do contrato.
As obras fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (Pac2) e estão estimadas em R$44 milhões. Após a assinatura da primeira ordem de serviço, a empresa responsável pela execução terá 540 dias para conclusão do empreendimento.
Veja aqui o edital de licitação.
Paulo Ribeiro da Silva, morador do bairro Santa Mônica e líder comunitário conhecido como Paulo Barzel, recebeu a notícia da previsão do recomeço das obras como um presente. Segundo o vendanovense, tudo começou em 1987 quando um grupo de residentes do bairro, inconformados com a situação da Rua Lírica, buscaram por meio da PBH a resolução dos problemas.
“Foram anos de luta até que a demanda passasse a ser uma responsabilidade do governo federal. Em seguida, a PBH desapropriou os moradores do entorno dos córregos e começamos a conviver com muita sujeira, ratos e outros animais peçonhentos até que alguma providência fosse tomada. Agora, com essa previsão, vemos o reinício das obras como um presente bem merecido”, diz Paulo.
Entenda o caso
Desde 2014, os moradores do entorno dos córregos Lareira e Marimbondo tiveram algumas residências invadidas e precisaram lidar com pessoas que se alojaram nas casas desapropriadas para demolição. Por isso, em março deste ano, líderes comunitários do bairro Santa Mônica buscaram a ajuda do Jornal Norte Livre para que os riscos fossem explicitados.